Em Curitiba, o corso atingiu seu auge nos anos 1930, quando ocorriam verdadeiros congestionamentos e as ruas se transformavam em mares de confetes e serpentinas. Essa atividade festiva coexistia com os bailes e com os blocos carnavalescos e, pelas informações sugeridas, concentravam as camadas sociais privilegiadas de Curitiba. A exibição das alegorias ocorria juntamente com a passagem dos blocos organizados pelas sociedades carnavalescas.
Os espaços mais cobiçados para apreciar a passagem das belas alegorias do corso eram sacadas dos prédios da rua XV de Novembro. As sacadas passaram a ser alugadas e chegaram a se constituir como uma fonte de renda para seus moradores. Com o passar dos anos, a própria prefeitura procurou lucrar com esse negócio, passou a cobrar uma taxa sobre essa locação.
terça-feira, 31 de maio de 2011
quarta-feira, 18 de maio de 2011
A família Reis e o lorde Kananga
Entre os organizadores do desfile carnavalesco na rua XV de Novembro, destacava-se a família Reis conforme relembrou em 1993 o jornalista Cid Destefani:
"O velho João Reis e seus filhos, Cláudio, Moacir, Raul, Dionéia e Iná preparavam a folia num velho barracão situado a rua Cândido de Abreu (...), este local era chamado de ‘a caverna do diabo’ onde eram montados os carros, desenhados pelo velho João Reis em alguma mesa do Londres Bar, que ficava nas esquinas da Rua Barão com a Quinze e era de propriedade de outro carnavalesco, seu filho Hermógenes. Durante a montagem das alegorias, oito, dez ou mais carros, o clima era de festa, onde corria muita cerveja e opíparos jantares dos quais sempre participavam os componentes da Associação dos Cronistas Policiais que vinham dar uma força à família Reis. Faziam parte de uma sociedade montada por Otacílio, a famosa “Kananga do Japão”. Por este motivo
era ele conhecido como “Lorde Kananga”, uma espécie de Rei Momo".
"O velho João Reis e seus filhos, Cláudio, Moacir, Raul, Dionéia e Iná preparavam a folia num velho barracão situado a rua Cândido de Abreu (...), este local era chamado de ‘a caverna do diabo’ onde eram montados os carros, desenhados pelo velho João Reis em alguma mesa do Londres Bar, que ficava nas esquinas da Rua Barão com a Quinze e era de propriedade de outro carnavalesco, seu filho Hermógenes. Durante a montagem das alegorias, oito, dez ou mais carros, o clima era de festa, onde corria muita cerveja e opíparos jantares dos quais sempre participavam os componentes da Associação dos Cronistas Policiais que vinham dar uma força à família Reis. Faziam parte de uma sociedade montada por Otacílio, a famosa “Kananga do Japão”. Por este motivo
era ele conhecido como “Lorde Kananga”, uma espécie de Rei Momo".
segunda-feira, 2 de maio de 2011
O primeiro carnaval de Curitiba: bailes e corso

No fim do século XIX até meados do século XX os foliões em Curitiba desfrutavam os dias de carnaval nos clubes sociais e no centro da cidade, na rua XV de Novembro. Esse “primeiro carnaval” de Curitiba pode ser compreendido a partir de espaços e manifestações coexistentes: nos salões dos clubes aconteciam os bailes de mascarados e na rua desfilavam o corso e os foliões em blocos carnavalescos. Ainda em meados do século XIX, a maneira preferencial de aproveitar o “tríduo momesco” acontecia dentro de clubes e salões com os bailes de mascarados. Com o passar do tempo, os foliões passaram a se vestir com roupas iguais e organizar os blocos – também chamados de cordões carnavalescos – passaram a prolongar a festa dos clubes até a rua XV de Novembro. Nesse “primeiro carnaval” os foliões saíam dos clubes e levavam a folia carnavalesca para a região central de Curitiba ao som de batuques de “Zé-Pereiras” tomando as ruas de confete e serpentina.
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