A historiadora Roselys Velllozo Roderjan ressaltou a importância das sociedades carnavalescas para a cena musical paranaense, pois antes das marchinhas e dos sambas de enredo, os carnavais curitibanos eram animados por maestros paranaenses:
Os títeres do diabo, de camiseta vermelha e os bohêmios, de casaca, foram talvez as nossas primeiras sociedades carnavalescas. Rivais, acabaram num entrevero funesto. Havia pilhas de pedras tijolos. A pugna em lugar tão propício foi renhida e contundente, enquanto as respectivas bandas musicais, regidas pelos maestros Décio Mesquita e Generoso dos Santos, furiosamente resfolegavam marchas guerreiras, concitando os lutadores à vitória. Os Puritanos na primeira fase, também fizeram época: deram a Curitiba os mais luxuosos e estrondosos carnavais, à sombra do estandarte vermelho e preto, ao som de seu hino vibrante, a música do mestre Clarimundo José da Silva:
Nas ameias do riso flutua
Invencível nosso pendão;
Se sairmos com momo na rua
São só louros que temos na mão.
Nós somos os Puritanos
Guapo clube sem rival
E reinamos soberanos
Nas festas de carnaval
RODERJAN, Roselys V. O paranaense e os carnavais. NAROZNIAK, Jorge. (org.) Nem que me mordas: pequena história do carnaval de Curitiba. Curitiba: Edições Paiol, 1974
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