sábado, 22 de outubro de 2011


A HISTÓRIA SE FAZ DE PESSOAS.

23.0ut.2011
Primeira roda em reconhecimento ao trabalho e talento da velha-Guarda do Samba de Curitiba.

HOMENAGEADOS

MÃE ORMINDA
Grande dama do samba e primeira intérprete de Samba Enredo do País. Uma das fundadoras do grupo Divina Luz.

MAÉ DA CUÍCA
Cidadão Samba de Curitiba. Fundador da Colorado, primeira escola de samba da cidade. criador do primeiro grupo a tocar na noite curitibana.

MÚSICOS RESIDENTES
Vina Chamorro (violão sete cordas), Luiz Pernoite (percussão), Ricardo Salmazo (percussão), Daniel Miranda (clarinete), Leandro Zoli (percussão e voz), Julião Boêmio (cavaquinho).

ABERTURA DA CASA ÀS 14H . ENTRADA: R$ 6,00
* ASSOCIADOS DO CLUBE, CRIANÇAS ATÉ 10 ANOS E ADULTOS A PARTIR DE 65 ANOS NÃO PAGAM.

APOIO
Os Caprichos de Maria | Fuá Produções | 2M Som e Luz | Simetria Gráfica

INFO. sociedade13demaio@gmail.com

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Carnaval 2009

Algumas fotos de 2009, primeiro ano que nosso "bloco" acompanhou o Carnaval feito na cidade de Curitiba.
Nesse primeiro ano realizamos uma pesquisa etnográfica entre as escolas de samba que participariam do Carnaval, durante seu período de preparação para o desfile. Também foram realizadas entrevistas com alguns dos blocos participantes.
Participaram da pesquisa a antropóloga e orientadora Selma Baptista, a historiadora e mestra em antropologia (dissertação sobre o carnaval curitibano) Vanessa Viacava, a graduanda em Ciências Sociais e Cinema Larissa Sant'anna Fernandes (que agora está no México - saudades de você) e a cientista social Caroline, que continua a pesquisa no mestrado em antropologia social.







Candidatas Cortejo Real, carnaval 2009, Curitiba. Foto: Larissa Sant'anna Fernandes.



Bloco Afoxé. Carnaval 2009, Curitiba. Foto: Caroline Blum.


Chuva no dia do desfile! Carros terminando de ser montados ao lado da Avenida Candido de Abreu (local do desfile). Carnaval 2009, Curitiba. Foto: Caroline Blum.


Vanessa e Larissa embaixo de chuva. Carnaval 2009, Curitiba. Foto: Caroline Blum.



Bloco Derrepente. Carnaval 2009, Curitiba. Foto: Caroline Blum.




Nossa Rainha Rose. Carnaval 2009, Curitiba. Foto: Caroline Blum.


Casal Porta-Bandeira e Mestre Sala Unidos de Pinhais. Carnaval 2009, Curitiba. Foto: Caroline Blum.



Carro alegórico Unidos do Bairro Alto. Carnaval 2009, Curitiba. Foto: Caroline Blum.




Ala Os Internautas. Carro alegórico Unidos do Bairro Alto. Carnaval 2009, Curitiba. Foto: Caroline Blum.



Carro Alegórico Leões da Mocidade. Carnaval 2009, Curitiba. Foto: Caroline Blum.


Alegoria Comissão de Frente Embaixadores da Alegria. Carnaval 2009, Curitiba. Foto: Caroline Blum.


Ala das Baiana Acadêmicos da Realeza. Carnaval 2009, Curitiba. Foto: Caroline Blum.



Esses são apenas alguns flashs sobre a festa.

Aproveito para agredecer a todos os envolvidos com o Carnaval da cidade!
Esse ano continuamos nossa pesquisa....

Abraços

Video Carnaval curitibano em 1910

Este vídeo do Carnaval curitibano em 1910, foi retirado de http://www.arquivopublico.pr.gov.br.
"
O video abaixo foi editado para melhorar o acompanhamento, foram incluídas faixas musicais de época. "


quarta-feira, 27 de julho de 2011

Festa e circulação nos ensaios da bateria: redes e a “genealogia do samba” do carnaval curitibano

Texto apresentado na IX Reunião de Antropologia do Mercosul, "Culturas, Encontros e Desigualdades" em Curitiba, ocorrido entre os dias 10 e 13 de julho de 2011.
Resumo
Os ensaios de bateria das escolas de samba não são lugares destinados apenas ao aprimoramento técnico musical, mas são eventos privilegiados para a observação de certos aspectos da estrutura carnavalesca de Curitiba: a existência de redes de sociabilidade, circulação de pessoas e saberes no mundo carnavalesco. Para essa comunicação, ressaltaremos o espaço dos ensaios como lócus de efetivação do sentimento de pertencimento e da construção de genealogias carnavalescas. Para tanto, acompanhamos os ciclos carnavalescos de 2008/2009 e 2009/2010 quando as escolas de samba do grupo A de Curitiba iniciaram seus ensaios de bateria entre os meses de novembro e dezembro. Durante esse período, elegeram suas rainhas e
madrinhas, assim como apresentaram seus sambas de enredo. Essas festas são eventos que promovem a presença de pessoas “de fora” e incentivam as visitas das escolas co-irmãs.


Texto completo disponível em: http://www.ram2011.org/

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Entre "centro" e "periferias": o Carnaval e as disputas do espaço urbano em Curitiba

Boa tarde,
Compartilho aqui o trabalho apresentado na IX Reunião de Antropologia do Mercosul (RAM), realizada pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS) da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
São algumas idéias após dois anos de pesquisa com as escolas participantes do carnaval curitibano, que serão desenvolvidas na pesquisa no mestrado.

Resumo:
Este trabalho trata da disputa do espaço urbano em Curitiba, com a problematização das relações de “centro” e “periferia” da cidade percebidas através da pesquisa etnográfica realizada com as escolas de samba nos carnavais de 2009 e 2010. Na maioria, elas são constituídas por moradores das áreas periféricas, onde realizam suas atividades, para numa noite desfilarem próximo à região central. O carnaval se desenvolve de modo dramático, suas especificidades de produção e de “relacionamento” com a cidade envolvente, nos fazem pensar sobre qual é o “lugar” do popular em Curitiba. Conhecida por seu planejamento urbano e a construção de sua imagem, são inúmeros anedotários sobre a inexistência da festa carnavalesca. Propomos pensar sobre a construção da cidade além dos equipamentos físicos, mas a partir deles a construção do conceito de “cultura local” curitibano e as disputas do espaço urbano.

Trabalho completo disponível em: http://www.sistemasmart.com.br/ram/arquivos/16_6_2011_14_31_51.pdf


Abraços,
Caroline Blum. "Mema".

sexta-feira, 1 de julho de 2011














A partir dos anos 1920 e 1930 aconteceu uma verdadeira explosão de bailes de carnaval em Curitiba, diversos clubes passaram a organizar bailes carnavalescos na cidade, entre eles, o Graciosa Country Club, o Coritiba Foot Ball Club, o Clube Atlético,
o Círculo Militar, o Selecto e o Concórdia. Nesse período, as atividades momescas passaram a ser mais planejadas, surgiam os blocos carnavalescos. Os blocos se formavam nos clubes e, geralmente, eram originários de grêmios de jovens já existentes. O Grêmio das Violetas era uma associação exclusivamente feminina que surgiu em 1894 no Clube Curitibano. As moças não se reuniam apenas no carnaval, de acordo com Roselys Roderjan, o grupo durou por mais de setenta anos promovendo uma série de atividades artísticas, especialmente recitais.
Os festejos pré-carnavalescos iniciavam já nos meados de janeiro. Os grêmios que reuniam os jovens da época programavam reuniões em casas de família para tratar das fantasias planejavam as fantasias e se organizavam em blocos, alguns deles com cinquenta casais. Desses grupos, os mais famosos, que reunia muitos que hoje ocupam ou ocuparam cargos importantes na política e na educação, foram o Grêmio do Buquet, o Grêmio das Violetas, o dos Sírio- Libaneses, dos Alemães, dos Italianos e dos Polacos. Geralmente as reuniões acabavam num animado baile. Também as sociedades programavam matines aos domingos e saraus aos sábados dentro do espírito carnavalesco (GLUCK, Lúcia. O carnaval já foi assim. O Estado do Paraná. 25 de março de 1968).

quarta-feira, 8 de junho de 2011

As sociedades carnavalescas de Curitiba

A historiadora Roselys Velllozo Roderjan ressaltou a importância das sociedades carnavalescas para a cena musical paranaense, pois antes das marchinhas e dos sambas de enredo, os carnavais curitibanos eram animados por maestros paranaenses:

Os títeres do diabo, de camiseta vermelha e os bohêmios, de casaca, foram talvez as nossas primeiras sociedades carnavalescas. Rivais, acabaram num entrevero funesto. Havia pilhas de pedras tijolos. A pugna em lugar tão propício foi renhida e contundente, enquanto as respectivas bandas musicais, regidas pelos maestros Décio Mesquita e Generoso dos Santos, furiosamente resfolegavam marchas guerreiras, concitando os lutadores à vitória. Os Puritanos na primeira fase, também fizeram época: deram a Curitiba os mais luxuosos e estrondosos carnavais, à sombra do estandarte vermelho e preto, ao som de seu hino vibrante, a música do mestre Clarimundo José da Silva:

Nas ameias do riso flutua
Invencível nosso pendão;
Se sairmos com momo na rua
São só louros que temos na mão.
Nós somos os Puritanos
Guapo clube sem rival
E reinamos soberanos
Nas festas de carnaval

RODERJAN, Roselys V. O paranaense e os carnavais. NAROZNIAK, Jorge. (org.) Nem que me mordas: pequena história do carnaval de Curitiba. Curitiba: Edições Paiol, 1974

terça-feira, 31 de maio de 2011

O corso

Em Curitiba, o corso atingiu seu auge nos anos 1930, quando ocorriam verdadeiros congestionamentos e as ruas se transformavam em mares de confetes e serpentinas. Essa atividade festiva coexistia com os bailes e com os blocos carnavalescos e, pelas informações sugeridas, concentravam as camadas sociais privilegiadas de Curitiba. A exibição das alegorias ocorria juntamente com a passagem dos blocos organizados pelas sociedades carnavalescas.
Os espaços mais cobiçados para apreciar a passagem das belas alegorias do corso eram sacadas dos prédios da rua XV de Novembro. As sacadas passaram a ser alugadas e chegaram a se constituir como uma fonte de renda para seus moradores. Com o passar dos anos, a própria prefeitura procurou lucrar com esse negócio, passou a cobrar uma taxa sobre essa locação.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

A família Reis e o lorde Kananga

Entre os organizadores do desfile carnavalesco na rua XV de Novembro, destacava-se a família Reis conforme relembrou em 1993 o jornalista Cid Destefani:
"O velho João Reis e seus filhos, Cláudio, Moacir, Raul, Dionéia e Iná preparavam a folia num velho barracão situado a rua Cândido de Abreu (...), este local era chamado de ‘a caverna do diabo’ onde eram montados os carros, desenhados pelo velho João Reis em alguma mesa do Londres Bar, que ficava nas esquinas da Rua Barão com a Quinze e era de propriedade de outro carnavalesco, seu filho Hermógenes. Durante a montagem das alegorias, oito, dez ou mais carros, o clima era de festa, onde corria muita cerveja e opíparos jantares dos quais sempre participavam os componentes da Associação dos Cronistas Policiais que vinham dar uma força à família Reis. Faziam parte de uma sociedade montada por Otacílio, a famosa “Kananga do Japão”. Por este motivo
era ele conhecido como “Lorde Kananga”, uma espécie de Rei Momo".

segunda-feira, 2 de maio de 2011

O primeiro carnaval de Curitiba: bailes e corso















No fim do século XIX até meados do século XX os foliões em Curitiba
desfrutavam os dias de carnaval nos clubes sociais e no centro da cidade, na rua XV de Novembro. Esse “primeiro carnaval” de Curitiba pode ser compreendido a partir de espaços e manifestações coexistentes: nos salões dos clubes aconteciam os bailes de mascarados e na rua desfilavam o corso e os foliões em blocos carnavalescos. Ainda em meados do século XIX, a maneira preferencial de aproveitar o “tríduo momesco” acontecia dentro de clubes e salões com os bailes de mascarados. Com o passar do tempo, os foliões passaram a se vestir com roupas iguais e organizar os blocos – também chamados de cordões carnavalescos – passaram a prolongar a festa dos clubes até a rua XV de Novembro. Nesse “primeiro carnaval” os foliões saíam dos clubes e levavam a folia carnavalesca para a região central de Curitiba ao som de batuques de “Zé-Pereiras” tomando as ruas de confete e serpentina.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

conclusão não conclusiva

Após o término do trabalho de meses etnografando o universo carnavalesco da cidade, diversos assuntos permaneceram em aberto e com possibilidades de seguir na investigação sobre o carnaval de Curitiba.
Entre eles: o bloco Garibaldys e Sacis, o Pschyco Carnival, a relação entre a cena do samba e o universo carnavalesco, as questões étnico-religiosas etc.
Sendo assim, depois de alguns meses de descanso, a pesquisa deve continuar...

dissertação pronta

Após trinta meses de trabalho... finalmente " Samba quente, asfalto frio: uma etnografia entre as escolas de samba de Curitiba".

Resumo:
Nesta dissertação procuro compreender a relação do carnaval com a cidade de Curitiba, como as escolas de samba se organizam internamente, como procuram definir seu lugar no espaço urbano e como as políticas culturais administram o desfile das escolas de samba. Para tanto, esse trabalho apresenta duas partes distintas e complementares, a primeira, caracterizada pela narrativa histórica, onde defino uma cronologia do carnaval de Curitiba; e outra, etnográfica, desenvolvida nos barracões e quadras de todas as escolas de samba em atividades durante os ciclos carnavalescos de 2008/2009 e 2009/2010. Sobre a narrativa histórica, o parâmetro usado para delimitar as “fases” do carnaval de Curitiba diz respeito aos lugares onde o carnaval de rua se manifestou na capital paranaense. Na narrativa etnográfica, aproximo os conceitos da antropologia da performance e da experiência, a fim de perceber não apenas a dimensão ritual do desfile na avenida, mas também, procuro capturar as qualidades de improvisação e a capacidade reflexiva dos sujeitos. Destaco a relação das escolas com a Fundação Cultural de Curitiba, a forma de produção do carnaval e a manifestação de redes de sociais, assim como a circulação dos componentes e ritmistas das escolas de samba dos grupos A e B. No desfile das escolas de samba, ressalto a dimensão performática do evento, como os aspectos visuais são mediados pelo samba-enredo. Dessa forma, busco compreender não apenas a organização da estrutura carnavalesca, mas também sua relação com a cidade.

Palavras-chave: Curitiba, história, carnaval, políticas públicas, performance.